segunda-feira, 30 de julho de 2007

Nada é final.




No silêncio desta madrugada fria
desprendo o medo
de não precisar falar
muito
além do que meus verdadeiros amigos sabem.
Falando aprendo
que a razão
não é favoritar
certas palavras
e usa-las
em dicionários diários.
As frases podem serem iguais
mas
os versos são diferentes
e lembram o sorriso da gente.
Férias
palavra de momentos saborosos
contato com muita gente.
Cinema não teve tempo.
Dentista não precisou
não houve dor de dente.
Conversas gostou
ser monitor cansou.
Férias em casa
muito bom.
Beijos, abraços
carinhos da família.
Parque São Lourenço
bairro, canteiro, refúgio
jardim de casa.
Madrugadas amanhecidas
poesias para uma menina.
Leitura, escritos, telefones.
Saudades sinto
destas linhas.

Bruno Scuissiatto


foto: Vista aérea do bairro São Lourenço e seu respectivo parque em Curitiba.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Assim passeio pela solidão.




Férias. Um bom momento para praticar a solidão faltante na correria dos dias indispensáveis. Alento do pensamento em vagar e divagar sem pudores convencionais. Também tempo de sentir vontades e sentar na calçada. Praticar exercícios da imagem á serviço da modernidade em não querer ser apenas retratos. Febre de inverno primaveril. Sorrisos congestionados. Espera não consultada. Bula de remédio não convencionada. Dorme um sono consequente doente. Mudar, sorrir, inventar, agora, depois, não importa. Esperar, não mais. Personagem, realidade, não sei responder. Vampiro de Curitiba com pensamentos de Werther. Nudez castigada rodriguiana e definição de almas em poema de Manuel Bandeira. Canções novas, bandas velhas. Ei, olha ela sabe dançar. Os seus passos são versos livres de piedade. Cinema, gosta, não tem tempo. Futebol é útil, mas a seleção parece decadente, ganha, não convence, vontade de torcer pelos hermanos. Não, melhor imaginar tudo diferente. Notícias á surpreender. Mais uma vez vídeos chamam mais atenção da sociedade. Desta vez foi a cantora Ana Carolina. Exibiu cenas de 1950, nada mudou, mas o espanto foi gigantesco. Tudo bem. Direitos e opiniões todos tem. Enquanto isso: congresso é papagaio de política estadunidense, segundo o presidente Venezuelano. Em certo ponto concordo. Gosto mais do Al Gore e sua práticas em defesa do aquecimento global. Estar em casa é bom. Alimentação é mais saborosa. E talvez saudosismo seja prática comum quando estamos longe de casa. A rua XV mesmo congestionada de pessoas atónitas, continua bela. O tempo é prática de relógio e calendário. Confesso que atualmente é prática deste que vós escreve. Santo Deus, perdoe-me. Passados algumas linhas de frases, melhorei. Escrever é terapia até quando o hiato criativo rebate sobre os dedos compiladores de criações. Parafraseio, no indicativo. Parafrasearei, no futuro do indicativo. Mas continuo Parafraseando no gerúndio. Mesmo sendo um crítico veraz do gerundismo. O passado suscitou o pensamento retirado do filme "Sociedade dos Poetas Mortos". "Palavras e gestos podem mudar o mundo".


Aqui fecham-se as cortinas

sem cortinas ficam as palavras

nas palavras ficam

a saudação de um até mais.



Bruno