sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Tempos depois

Muito é palavra não usual para expressar o tempo que o “Parafraseando Eu” ficou esquecido, começarei a parafrasear com a palavra correta: muitíssimo, alias, muitíssimo é a palavra mais sincera para agradecer a 2007 que adormece nas próximas horas. Foi o ano em que encontrei somas importantes para continuar a seguir passos, contar estrelas e vagar nas madrugadas. Este ano valeu e como valeu. Todos os caminhos levam a alguma forma de consagração, seja na universidade, nas amizades, nos contatos, nas lembranças, nos sonhos, nos pudores e em toda forma de continuar a fazer valer o sentido de vida.

Encenada como teatro
Representada como vida
Tudo pode
Até mesmo quando vira ferida.
O amor representa perigo
Precisa ser vivido
Sem justificativa de carimbo
O amor é você quem faz
E a liberdade também satisfaz.


Um 2008 com muitas coisas boas para todos nós.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O lado de cá é bem melhor

A história do dia contou segredos com a hora do almoço. Sentou-se olhando por entre os vidros da janela, que não é limpa a mais de uma semana. Voltou a olhar, segurou na mão e pediu um beijo. A canção antiga tocou como nova para o momento. O dia resolveu não emitir mais opinião e pôs-se a sonhar. Rabiscou linhas, protegeu-se do ciúme. Até sonha, entre tantas coisas sonhar é o mais certo. Vamos repudiar a segunda feira com trago de saudade, vamos esquecer que mês quem vem tem feriados, vamos mudar o que está errado. Vamos, mas somente vou acompanhado com lembranças daquilo que proporciona-me saudades. Não vou escutar escolher o outro lado rua. Talvez não precise mais procurar no escuro minhas mãos gélidas com receio. Talvez não procure mais, já encontrei e isto satisfaz. E ter um nome, não refaz a condição de querer apresentar felicidade. Em certos momentos não ser apenas um nome, um título, um retrato é um condição de felicidade proporcionada.
As coisas mais belas e doces da vida são as mais simples.

Fuga da realidade
Escapismo da idoneidade
Noite sonhada
Visão decorada
Porta enamorada
Tudo é visão estampada
Em doses de felicidade.


Bruno

domingo, 9 de setembro de 2007

Fugir do escuro


"Perfeição demonstrada é o vôo exuberante das aves e seus assovios afinados.
As outras perfeições são desconfiadas de acontecerem longe da realidade.
A imaginação permite transpor a exuberância das aves e a desconfiança da realidade.
Imaginar muda a cena em acontecer. Ludicamente mudamos até mesmo aqueles velhos retratos empoeirados"
O feriado chegou, trouxe palavras amigas, lembranças antigas e dualidade entre certas condições em apresentar-se em meio às cortinas entre fechadas. As fotos, descrições cômicas dos encontros familiares. Nostalgia em alta. A idade chega sem avisar, certas vezes a ânsia de crescer atropela as fases da vida. Somente com certas canções o revival acontece. Durante mais que os minutos musicados. Quando a lágrima caí, não escorre pelo peito, desvia e lentamente percorre o braço ainda com aroma do gosto das tardes de 2001. É um filme. Atentado contra o Wall Trade Center. Aviões no céu. Pânico. A saudade tem plano de fundo esta fatídica tragédia. Mas, como são doces tudo que o passado mesmo sem contrato estabeleceu. João Gilberto já cantarolava na década de 60 “Chega de Saudade”. Agarrando-se a um gancho drummondiano e um pequeno complemento – a porta estava aberta e a saudade apareceu. O barulho da casa faz bem aos ouvidos e extasiam o coração. A veneziana esmaltada de verniz é anunciante do vento. A mesa bagunçada do quarto anuncia várias produções nesta região norte de Curitiba. As frases precisam serem a descrição exata do seu autor. Não podem omitir uma identidade, para disfarçar a realidade. O personagem nasce com uma palavra, navega entre idéias e finalmente ganha um enredo. Muitas vozes de personagens protagonizam sonhos. Sonhar é ludicamente enxergar a realidade sem desprezá-la por completo. Em semana que as provas são belas, constata-se o gosto de saber que a estrada longa, merece destaque.

São tantos
Destes tantos
Recebo sorriso, perguntas
E quase no fim, permito dizer
Obrigado.

A sala de aula é fantástica, identificar que com uma palavra você muda uma história, fazem da vida um sentido próprio, entre tantas coisas errôneas.
Bruno

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Incondicional comédia diária



A rotina não tem mais talento para continuar rotina. Cada noite de domingo, preparo a mochila, olho com demagoga saudade para as paredes e falo até mais. Infelizmente nunca será felizmente. Então, dou-me por satifesito em aceitar a condição proposta pela vida. Saudades será sempre um sentimento, como temos do final de semana, quando bom, logo ao deitar para dormir na noite de domingo. O tempo disparou os ponteiros, setembro e tão agora e a primavera está quase estacionadas.

Começar
sempre estamos a começar.
Começamos a semana
começamos a dormir
começamos conversar
começamos a tarde de terça-feira
começamos a vida
sempre atenta em acontecer.
Começamos e começamos.
Hoje
mais uma semana
COMEÇAMOS.
Pelo avesso
começamos.
O coração lúdico começa
satisfeito
começa deletrear
palavras para apresentar
a porta do teatro
colorida com tinta
na composição mais singela da vida.
Canções estacionadas. Quero escutar. Poemas incabados, vou terminar. Vícios sustentados pela obsoleta mania, será contragosto de não segurar a caneta. Roteiro vou rodar. Dormir, a insônia não quer deixar. Futebol, enfim sorri. Amigos, muitos distantes. Palavras não são o bastante. Mas, percorrem lacunas verdadeiras do que realmente penso, crio e imagino. Aquele beijo até parece cinema percorrendo o poema. Ainda que suje as mãos com tinta de jornal, as letras grudam nos seus dedos, mas não marcam suas idéias. A história, era mais interessante quando estória era permitido. A timidez não sabe o que dizer. Fecha a cortina. Espera amanhecer.
Bruno.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Basta



Os problemas da sociedade são vários, o mais temido e assustador, infelizmente se faz presente: a violência. Martin Luther King deixou uma frase que ecoa no momento " o que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons. Atualmente o silêncio não é mais tão silencioso. Raspa lágrimas. Sonha com justiça. E faz a pergunta. Até quando somos obrigados a ser reféns de uma sociedade deteriorada de valores. As esquinas lotadas de gente passando necessidade. E a impunidade, ela passeia livremente, sorridente pelos arredores da cidade. Gostaria de escrever sobre tantas coisas interessantes. Mas a comoção estupefata do meu coração, não permite. Talvez seja um desabafo. Sei que o ponto final da indagação não será a solução. O silêncio dos bons não pode ser herdado. Os bons vão as ruas para protestar. Balas perdidas são distribuidas. Crimes hediondos, sem ninguém para responder, são motivos para agregar inocentes retirados do seio dos seus familiares e amigos, que ao lado da saudade provocada, precisam arrumar forças para viver (sobreviver).Toda forma de violência é estúpida. Queria uma fórmula de ajuda mais eficaz que simples palavras. A paz é artigo válido e necessário. Sempre presente. Desconfio ela ser um sonho. Nesta madrugada de segunda, fica o gosto de o mundo melhor ser tracejado em poemas, páginas, declarações. A realidade está angustiante. Cansei, cansamos. Receio que cansaremos muitas vezes ainda. Queira eu estar enganado na frase anterior. Basta pensar assim.
Parodiando Ferreira Gular:
não há vida
só cabe no poema
o homem com dor
a mulher que sonha
a vontade de paz
o poema pessoas
reflete
pensar.

Bruno

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Em dó menor.

[ Céu de mais um lindo e diferente final de tarde]



O gosto de lutar
É saboreado com a sensação
Da realização do sucesso.
Quem sabe o nome
Meu nome
Apareça.
Mas muito quem sabe
Não.
Nada muda
O trajeto do sonho
Despertou
O pingo da chuva
Caí sobre o asfalto febril
Dos meses seqüentes primaveris.
Música desafinada
Em acorde menor
Poemas em espanhol
Prenúncio de chuva
Na madrugada iniciante da semana.
Festival de Cinema em Gramado
Visão embaçada
Nas lágrimas
Condizentes
Com o vou estar lá
Com o meu nome na legenda.
Camões, Renato Russo e o amor.
Tudo passa
O amor fica
Para completar
Tudo o que foi esquecido em seu nome.
A semana começa
A estrada espera
O sono desperta.
Canção anos 80
Telefone não toca
A tarde não foi vazia
E valeu o dia.




Bruno


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

[ há 20 anos as estrelas eternizavam Drummond em fragmentos de poesia no céu.]

Estrelas que quase não beijam mais o asfalto. A lua que acordou de mal humor e parece não querer esconder-se entre nuvens. Luzes enfraquecidas fazem dos postes meros decoradores de avenidas. Noites coléricas, passadas. Volta-se para a expressão das palavras inoperantes de uma quarta-feira, próximo ao meio dia. Ruídos de uma rádio AM com canções as quais não satisfazem o corpo e longe ficam de delirirar o espírito. Em semana de decisão é difícil tecer argumentos nunca antes explorados. Por horas antes sente o gosto doce de quem sabe mais um sonho realizado. Bom saborear o aroma do perfume da primavera que aproxima-se. E agora José. O grande poeta com simplicidade escreveu. Perdido na poesia Drumondiana. Restrito a ser personagem da Quadrilha, mais um apenas. Passeia pela leitura de páginas nem sempre atraentes. Televisão destoa companheira do ócio obrigatório. Fizeram assistir uma entrevista muitissímo boa do escritor peruano Mario Vargas Llhosa. Feliz pelo contéudo e por não precisar utilizar-se das legendas. O que começou com obrigação, finalizou com obrigado. Futebol, antes um fanatismo, hoje, resume-se apenas à uma frase de Nelson Rodrigues "torcida vaia até minuto de silêncio". Adaptando. Descontentamento vaia até time do coração. Marx e o socialismo de classes é sensacional. Frase solta, sim. A saudade do retrato não quer afago. Desculpa do ciúme é explicar desejo. A voz não tem endereço, mas conduz ao beijo.
Quando foi perdoado
omitiu mentiras guardadas
destas encenadas
com noites musicadas.
Alento do tempo
insistente em percorrer
fagulhas enciumadas
do jantar comemorado.
Quando perdoado
esqueceu de dizer
o quanto não precisa
mais sonhar
por não te-la
esperando-o
na estação
onde perdeu o coração.
Bruno

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Começar sempre.


[A bela Monica Vitti na capa L´Awentura de 1960]



Quantas palavras lembram momentos que teimam em aparecer na hora em que os olhos já não descartam esquecer. E tantas formas tem a força de reprender passados estirados ao chão, como fossem apenas lágrimas em tardes de verão. O sono faz do sonho uma realidade degustante da realidade. E cenas de cinema surgem dentro da gente. Existe a flor de papel ao lado da lápide onde a atriz encosta a cabeça e chora. A lembrança não quer ser retirante e insiste em aparecer. A semana faz do dias alguns longos e outros saboreados de saudades.Notícias bombardeam os momentos. Em apenas dois dias a eternidade ganhou dois dos maiores cineastas. Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman foram dirigir seus filmes com a visão do alto deste mundo, de certa forma, caótico e caduco.O cidadões italianos, suecos e todos os amantes do cinema estão em luto com a perda destes dois gênios. Mas, o final não é final, como fizeram tantas vezes nas telas, existem os créditos, que levam nomes, e músicas que levam sobrenomes. Uma canção para saborear a madrugada. Uma olhada nas estrelas a sorrirem entre as nuvens. O céu a noite é uma certeza de beleza eterna. Compensa iluminando entre palavras e coesões sentidos para entreter a insônia.


Não faz da minha esperança
prato para consumir em noites de teatro
não faz da tua angústia
cerimônia para estrelar retrato
não faz da indiferença
pretexto para o desejo
não faz assim
que ainda vai lembrar de mim.

O telefone não toca. Talvez nem queria atende-lo.
A semana começa e nem sei por onde passeio com tantas coisas para sonhar. Ainda sobra tempo para praticar o sonho não censurado de apenas começar.


Bruno

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Nada é final.




No silêncio desta madrugada fria
desprendo o medo
de não precisar falar
muito
além do que meus verdadeiros amigos sabem.
Falando aprendo
que a razão
não é favoritar
certas palavras
e usa-las
em dicionários diários.
As frases podem serem iguais
mas
os versos são diferentes
e lembram o sorriso da gente.
Férias
palavra de momentos saborosos
contato com muita gente.
Cinema não teve tempo.
Dentista não precisou
não houve dor de dente.
Conversas gostou
ser monitor cansou.
Férias em casa
muito bom.
Beijos, abraços
carinhos da família.
Parque São Lourenço
bairro, canteiro, refúgio
jardim de casa.
Madrugadas amanhecidas
poesias para uma menina.
Leitura, escritos, telefones.
Saudades sinto
destas linhas.

Bruno Scuissiatto


foto: Vista aérea do bairro São Lourenço e seu respectivo parque em Curitiba.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Assim passeio pela solidão.




Férias. Um bom momento para praticar a solidão faltante na correria dos dias indispensáveis. Alento do pensamento em vagar e divagar sem pudores convencionais. Também tempo de sentir vontades e sentar na calçada. Praticar exercícios da imagem á serviço da modernidade em não querer ser apenas retratos. Febre de inverno primaveril. Sorrisos congestionados. Espera não consultada. Bula de remédio não convencionada. Dorme um sono consequente doente. Mudar, sorrir, inventar, agora, depois, não importa. Esperar, não mais. Personagem, realidade, não sei responder. Vampiro de Curitiba com pensamentos de Werther. Nudez castigada rodriguiana e definição de almas em poema de Manuel Bandeira. Canções novas, bandas velhas. Ei, olha ela sabe dançar. Os seus passos são versos livres de piedade. Cinema, gosta, não tem tempo. Futebol é útil, mas a seleção parece decadente, ganha, não convence, vontade de torcer pelos hermanos. Não, melhor imaginar tudo diferente. Notícias á surpreender. Mais uma vez vídeos chamam mais atenção da sociedade. Desta vez foi a cantora Ana Carolina. Exibiu cenas de 1950, nada mudou, mas o espanto foi gigantesco. Tudo bem. Direitos e opiniões todos tem. Enquanto isso: congresso é papagaio de política estadunidense, segundo o presidente Venezuelano. Em certo ponto concordo. Gosto mais do Al Gore e sua práticas em defesa do aquecimento global. Estar em casa é bom. Alimentação é mais saborosa. E talvez saudosismo seja prática comum quando estamos longe de casa. A rua XV mesmo congestionada de pessoas atónitas, continua bela. O tempo é prática de relógio e calendário. Confesso que atualmente é prática deste que vós escreve. Santo Deus, perdoe-me. Passados algumas linhas de frases, melhorei. Escrever é terapia até quando o hiato criativo rebate sobre os dedos compiladores de criações. Parafraseio, no indicativo. Parafrasearei, no futuro do indicativo. Mas continuo Parafraseando no gerúndio. Mesmo sendo um crítico veraz do gerundismo. O passado suscitou o pensamento retirado do filme "Sociedade dos Poetas Mortos". "Palavras e gestos podem mudar o mundo".


Aqui fecham-se as cortinas

sem cortinas ficam as palavras

nas palavras ficam

a saudação de um até mais.



Bruno

terça-feira, 19 de junho de 2007

Em meu peito existe mais que simplesmente saudade

E, cá estou novamente, nunca imaginei que parafrasear a eu mesmo fosse algo complicado, na verdade, o tempo anda escasso, por mais que esteja fazendo muito, parece que é nada, frente a tudo o que realmente quero fazer. A novidade de escrever soltamente é efervecente deliciosamente adoçada pelo sobrenome Scuissiatto. Já estamos em junho, tantas coisas mudaram na minha vida, ganhei novos amigos, um curso que identifico-me, e muitos outros adjetivos, descobri o quanto sou amado por meus familiares, e também quanta saudade sinto da minha Curitiba, do meu bairro, dos lugares onde costumo queimar sola do All Star, das andanças pelos sebos do Largo da Ordem, e também de todos os amigos que aqui deixei. Em Ponta Grossa, encontrei uma cidade onde criou-se o canal de integração do meu futuro, o local onde arquiteto sonhos e vistorio ruas do alto do sexto andar. E olha que já peguei-me olhando pela janela, não que seja tendência suicida. Apesar de todas as vantagens do presente conjugando um futuro bem melhor, ainda soa estranho, acordar e não ter a quem dizer bom dia, resmungar ou mesmo falar qualquer bobagem. Mudando totalmente a singularidade do assunto. A televisão brasileira é bastante obscura em vários programas, pouca coisa prende-me atenção, talvez os telejornais os consigam, por tratar-se de assuntos pertinentes ao convívio de uma sociedade que sofre uma crise em vários sentidos. Valores, conflitos armados, discussões infundadas, escandalos políticos (rotinas!). Mas ainda existem formatos que salvam a tv da inércia de ficar fechada nos moldes comunais, um exemplo legítimo é o Canal Futura, onde os programas tem um valor que não ficam restrito apenas á publicidade, existem programas para muitos públicos, porém o que vou falar agora é o meu preferido, talvez por questões óbvias, ou não, o "Afinando a Língua", apresentado pelo guitarrista, escritor, marido da Malu Mader, Toni Belloto ( i ou y, esqueci-me), está acima da perspectiva de um programa simplesmente inteligente. Consegue distribuir de forma linear temáticas contextualizadas sobre literatura na suas mais vertentes possibilidades. É mais que uma apresentação de estética literária, os trinta minutos de programa, estão entre os mais inteligentes da televisão brasileira. Felicidade em descobrir que o futuro na televisão existe, por mais que seja atrasado por muitos formatos desgastados. Chorar é esvaziar aquilo que incomoda a alma. Chorar é demonstrar tristeza ou arrependimento, mas chorar também é normal ao ver algo na tv. Depois derrubar lágrimas na entrevista do Ariano Suassuna, na semana passada, hoje, chorei ao escutar uma menina declamar a passagem de um livro da Clarice Lispector "Perto do Coração Selvagem", por mais que a leitura dele já tenha sido compreendida por meus sentidos, ainda muito comove-me todas aquelas páginas. Não insisto, sou o mais natural possível e, parafraseio cada dia um pedaço do mundo que faz eu ser quem eu sou. Como diz a canção "exibe á frente um coração, que não divide com ninguém", por falar nos hermanos, ganhei um botom retro deles, um presente da minha amada irmã, ainda não decidi onde usa-lo, se na lapela do coração ou na alça da mochila. As cortinas fecham-se e o melhor de mim, volta na próxima semana.
Abraço cordial á todos

Bruno

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Começo, apenas começo

Certas vezes o começo não é tão começo assim, mas enfim, tudo começa normalmente pelo começo, exceto quando perco-me nas histórias, minhas próprias criações em tantos outros manuscritos, dos quais faço lista. Mas ao iniciar o Parafraseando Eu, não posso desconsiderar que aqui neste mundo repleto de letrinhas, formarei sistemas lineares e diversos não lineares, tentarei ser apenas o cara sobrevivente em um mundo caótico, doente e carente de muitas coisas, onde pretendo escrever impressões sobre a visão que superficialmente restrita a voz autoral, não consegue muitas vezes definir um rumo, a não ser aos que completem a vontade de personagens, contextualizem frases e formatem alguns poemas. Dificilmente não sou eu, mas neste espaço tentarei ao máximo mostrar o real sentido de toda a ideologia que mantém forte este meu coração em acreditar, por mais desencontros que a vida possa premiar, tudo tem hora certa para chegar. As vezes é tão sincero sentir o vento no rosto, e não ter que pedir licença para sonhar, pois é, já sinto como fosse um verdadeiro forasteiro de sentimentos, ao mesmo tempo, existe uma diferença em saber que nem todos podem serem reféns do meus mandos. Não tenho muitos caminhos por onde caminhar, mas tenho muitos caminhos para escolher, e algum dia ainda descubro porquê escolher é algo complicado e simples simultaneamente. O frio mostrou-se ausente, assim não congelo mais meus pensamentos. E antes que eu esqueça, ainda esta semana ao assistir uma entrevista do escritor Ariano Suassuna, certamente comovido pela autenticidade e sinceridade das suas histórias, lembro que lampejos de lágrimas percorreram meu rosto, na hora em que ele contou a real história do Chicó, do Auto da Compadecida, quem viu, quem saíba possa comentar melhor. E confesso que pela primeira vez tentei separar o cara que escreve o Não sou NENHUM Verissimo, zine, ou mesmo blog, deste que vos escreve, mas na realidade quem sabe, sejam todos a mesma pessoa, mas está tarde e preciso descansar. Antes que eu esqueça ainda termino de escrever um livro. E somente um amigo para ajudar na escolha do nome do blog, obrigado Danilo, ainda vou parafrasear muito de mim.

Até a próxima.