terça-feira, 7 de agosto de 2007
Começar sempre.
[A bela Monica Vitti na capa L´Awentura de 1960]
Quantas palavras lembram momentos que teimam em aparecer na hora em que os olhos já não descartam esquecer. E tantas formas tem a força de reprender passados estirados ao chão, como fossem apenas lágrimas em tardes de verão. O sono faz do sonho uma realidade degustante da realidade. E cenas de cinema surgem dentro da gente. Existe a flor de papel ao lado da lápide onde a atriz encosta a cabeça e chora. A lembrança não quer ser retirante e insiste em aparecer. A semana faz do dias alguns longos e outros saboreados de saudades.Notícias bombardeam os momentos. Em apenas dois dias a eternidade ganhou dois dos maiores cineastas. Michelangelo Antonioni e Ingmar Bergman foram dirigir seus filmes com a visão do alto deste mundo, de certa forma, caótico e caduco.O cidadões italianos, suecos e todos os amantes do cinema estão em luto com a perda destes dois gênios. Mas, o final não é final, como fizeram tantas vezes nas telas, existem os créditos, que levam nomes, e músicas que levam sobrenomes. Uma canção para saborear a madrugada. Uma olhada nas estrelas a sorrirem entre as nuvens. O céu a noite é uma certeza de beleza eterna. Compensa iluminando entre palavras e coesões sentidos para entreter a insônia.
Não faz da minha esperança
prato para consumir em noites de teatro
não faz da tua angústia
cerimônia para estrelar retrato
não faz da indiferença
pretexto para o desejo
não faz assim
que ainda vai lembrar de mim.
O telefone não toca. Talvez nem queria atende-lo.
A semana começa e nem sei por onde passeio com tantas coisas para sonhar. Ainda sobra tempo para praticar o sonho não censurado de apenas começar.
Bruno
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