sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Meu aniversário
A proximidade com o aniversário sempre é casual e atemporal ao mesmo tempo, pelo menos quando o aniversariante sou eu. As casualidades são do tempo sempre tecer sobre a linha dos meus pensamentos questionamentos e afastamentos de atitudes e sensações que não poderiam faltar, e as fatias atemporais são constituídas ao longo de todos os outros aniversários, que sempre deixam cicratizes nada inocentes.
Parafraseando Nando Reis:
Eu não posso entender
Essa vida tão injusta
Não vou fingir que já parou de doer
Mas um dia isso vai acabar ...
Eu não preciso entender, a vida é injusta, mas sempre encontro alentos para disfarçar a tristeza das injustiças e seguir sempre adiante. O dia que acabar, não precisarei mais pensar, e isso não quero nem lembrar.
Eu não consigo me convencer
Que essa vida não foi injusta
Tanta falta faz você
Queria você em casa
Sempre que não consigo me convencer, procuro inventar, reinventar uma maneira de despistar tudo aquilo que não é justo. A falta que faz você, faz sentir falta de si mesmo, sentir falta de você, de si mesmo, pode ser defeito. Em casa, na rua, no estádio, na praia, no verbo, no predicado, sempre é dia de aniversário.
Mãe
O amor que tenho por você é seu
Mãe
O amor que tenho por você é seu
Como é meu aniversário
Mãe você é responsável por meu aniversário, mãe eu não caso, mãe hoje é meu aniversário, mãe o meu amor além do sempre é apenas teu.
17 de agosto de 1935
12 de janeiro de 1963
19 de junho de 1989
Eu já não tenho 29
6 de fevereiro de 1957
17 de julho de 1957
18 de janeiro de 1981
Eu já não tenho 26
Mas continuo o mesmo.
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