Longe de casa os momentos tem sempre um peso e um valor bem diferente e muitas vezes indiferente de ser. Talvez o mais belo e necessário seja o silêncio. Um quarto silencioso, acompanhado apenas pela respiração sem gerar peso para o ar é tantas vezes um martírio sem fim. Outras vezes o silêncio é aquilo que mais precisamos para conseguir distrair nossos fantasmas, inibir nossos receios, e tumultuar os sentimentos avulsos.
Na distancia de casa, revisto as fotografias antigas da recordação, perco minutos debruçados na janela, com o peito exposto na leve à fina garoa que molha o asfalto, e entre um carro e outro espirra água sobre as calçadas ainda não ocupadas por pedestres apressados. Gosto mesmo é de olhar os pingos da chuva em contraste com a força da lâmpada dos postes da rua, nestes momentos percebo o quanto é necessário voltar à infância e lembrar das aquarelas e desenhos de raios solares em cadernos com intervalos de folhas de papel manteiga.
Entre lembranças, devaneios, trabalho, sonhos, liberdades e contrastes, encontro medidas para sonhar. Aliás, sonhar é a palavra que mais alimenta quando estou com fome.
A minha fome foi visceralmente consumida por espetáculos teatrais presenciados neste feriado em casa.
O sentimentalismo social colocou-se a prova, entre as falas, luzes, cenários e aplausos finais, sentia sempre que após o ato final de cada peça assistida, algo mudava em mim. Talvez, eu mudasse com o mundo, talvez, o mundo mudasse comigo.
O teatro tem a química de fabricar verdades inventadas, nos mostra o ridículo e todas as faces de uma sociedade, tantas vezes reduzida a um único personagem, ou distribuídas a todo um elenco. Personagens fechados em seu quarto, fatigados dos sofrimentos da vida, outros existencialistas de ascos sociais. As poucas, mas essenciais peças literalmente devoradas neste feriado em casa são o que faltava para eu me convencer que o teatro é a vida, mas a vida não é o teatro. Os espetáculos findam, porém a metamorfose interior ainda abala muitos silêncios tristes.
A semana começa com todo o gás. Vamos lá impulsionar mais uns sopros indispensáveis de sonhos.
Na distancia de casa, revisto as fotografias antigas da recordação, perco minutos debruçados na janela, com o peito exposto na leve à fina garoa que molha o asfalto, e entre um carro e outro espirra água sobre as calçadas ainda não ocupadas por pedestres apressados. Gosto mesmo é de olhar os pingos da chuva em contraste com a força da lâmpada dos postes da rua, nestes momentos percebo o quanto é necessário voltar à infância e lembrar das aquarelas e desenhos de raios solares em cadernos com intervalos de folhas de papel manteiga.
Entre lembranças, devaneios, trabalho, sonhos, liberdades e contrastes, encontro medidas para sonhar. Aliás, sonhar é a palavra que mais alimenta quando estou com fome.
A minha fome foi visceralmente consumida por espetáculos teatrais presenciados neste feriado em casa.
O sentimentalismo social colocou-se a prova, entre as falas, luzes, cenários e aplausos finais, sentia sempre que após o ato final de cada peça assistida, algo mudava em mim. Talvez, eu mudasse com o mundo, talvez, o mundo mudasse comigo.
O teatro tem a química de fabricar verdades inventadas, nos mostra o ridículo e todas as faces de uma sociedade, tantas vezes reduzida a um único personagem, ou distribuídas a todo um elenco. Personagens fechados em seu quarto, fatigados dos sofrimentos da vida, outros existencialistas de ascos sociais. As poucas, mas essenciais peças literalmente devoradas neste feriado em casa são o que faltava para eu me convencer que o teatro é a vida, mas a vida não é o teatro. Os espetáculos findam, porém a metamorfose interior ainda abala muitos silêncios tristes.
A semana começa com todo o gás. Vamos lá impulsionar mais uns sopros indispensáveis de sonhos.
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