A rotina não tem mais talento para continuar rotina. Cada noite de domingo, preparo a mochila, olho com demagoga saudade para as paredes e falo até mais. Infelizmente nunca será felizmente. Então, dou-me por satifesito em aceitar a condição proposta pela vida. Saudades será sempre um sentimento, como temos do final de semana, quando bom, logo ao deitar para dormir na noite de domingo. O tempo disparou os ponteiros, setembro e tão agora e a primavera está quase estacionadas.
Começar
sempre estamos a começar.
Começamos a semana
começamos a dormir
começamos conversar
começamos a tarde de terça-feira
começamos a vida
sempre atenta em acontecer.
Começamos e começamos.
Hoje
mais uma semana
COMEÇAMOS.
Pelo avesso
começamos.
O coração lúdico começa
satisfeito
começa deletrear
palavras para apresentar
a porta do teatro
colorida com tinta
na composição mais singela da vida.
Canções estacionadas. Quero escutar. Poemas incabados, vou terminar. Vícios sustentados pela obsoleta mania, será contragosto de não segurar a caneta. Roteiro vou rodar. Dormir, a insônia não quer deixar. Futebol, enfim sorri. Amigos, muitos distantes. Palavras não são o bastante. Mas, percorrem lacunas verdadeiras do que realmente penso, crio e imagino. Aquele beijo até parece cinema percorrendo o poema. Ainda que suje as mãos com tinta de jornal, as letras grudam nos seus dedos, mas não marcam suas idéias. A história, era mais interessante quando estória era permitido. A timidez não sabe o que dizer. Fecha a cortina. Espera amanhecer.
Bruno.
Um comentário:
a saudade que desperta sonos na madrugada, que chega a doer o peito e que talvez afogue lágrimas entre lembranças
Tão essencial quanto papel e caneta para você não deixar de parafrasear
e agora para que não deixe de começar.
Fabiana thomal
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