segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O lado de cá é bem melhor

A história do dia contou segredos com a hora do almoço. Sentou-se olhando por entre os vidros da janela, que não é limpa a mais de uma semana. Voltou a olhar, segurou na mão e pediu um beijo. A canção antiga tocou como nova para o momento. O dia resolveu não emitir mais opinião e pôs-se a sonhar. Rabiscou linhas, protegeu-se do ciúme. Até sonha, entre tantas coisas sonhar é o mais certo. Vamos repudiar a segunda feira com trago de saudade, vamos esquecer que mês quem vem tem feriados, vamos mudar o que está errado. Vamos, mas somente vou acompanhado com lembranças daquilo que proporciona-me saudades. Não vou escutar escolher o outro lado rua. Talvez não precise mais procurar no escuro minhas mãos gélidas com receio. Talvez não procure mais, já encontrei e isto satisfaz. E ter um nome, não refaz a condição de querer apresentar felicidade. Em certos momentos não ser apenas um nome, um título, um retrato é um condição de felicidade proporcionada.
As coisas mais belas e doces da vida são as mais simples.

Fuga da realidade
Escapismo da idoneidade
Noite sonhada
Visão decorada
Porta enamorada
Tudo é visão estampada
Em doses de felicidade.


Bruno

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