quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Estratégias
domingo, 13 de novembro de 2011
Três assuntos
Tinha a mania de não deixar os sapatos na porta da entrada. Acreditava que a mania não era nada mais que uma tradição familiar. No tapetinho com o dizer “bienvenido” laranja, pouco do pó vermelho da sola das sandálias permanecia.
[crônica escrita especialmente para a Coluna "Chacalho de Palavras", do site Cultura Plural]
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Dez anos depois
domingo, 4 de setembro de 2011
Epitáfio
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Ficção ao vivo
domingo, 17 de julho de 2011
A verdade está dentro
domingo, 10 de julho de 2011
Dois mapas
domingo, 3 de julho de 2011
Antes de segunda
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Em memória do cinema
sábado, 18 de junho de 2011
Cinzas
sábado, 11 de junho de 2011
Tecnologias
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Os pecados de um caminhante
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Dias de Roberto Benigni
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Só as mães são felizes
Tropeçou entre sacolas com presentes promocionais do dia das mães, nada que fosse percebido pela multidão afoita em busca do promoção mais afável. Não tinha esse ideal mesmo, sua timidez era notável no círculo de conhecidos, ser visto quase cambaleando em plena metade da tarde de sexta-feira seria terrível. Olhar despretensioso para as vitrines e pronto, nosso herói estava pronto para continuar sua saga até o destino planejado.
A cada loja vista com seus cem vendedores e outros trinta clientes, não podia afirmar com exatidão, qual porcentagem ali seria consumidor. Entre essa incerteza, sabia que a sua era mera curiosidade. Não suportava o tom módico dos vendeores, que para cada frase, anunciam adjetivos para colorir ainda mais simples peças de roupas nas araras. Perguntado sobre a possibilidade de mudar de operadora de celular, pela vendedora com espírito mercantil, agradeceu, nem celular tinha mais. Ela insistia com os planos pós, pré, tudo virou absurdo para o herói. Quando já tinha passado da seção dos celulares, a mesma voz – senhor, parcelamos em seis vezes no cartão de crédito.
Incomodado pela presença estritamente comercial da semana, voltou pensar no tropeço despercebido entre duas sacolas de presentes dos dias das mães. Acostumado a passar pelo calçadão do centro da cidade, região de muitos comércios, algo comum em grande parte das cidades. Talvez, chame a atenção no citado calçadão sua linearidade, logo em uma cidade que dependendo do olhar, literalmente se está mais próximo do céu ou do inferno – paradoxos herdados dos poemas barrocos, não?
Passar pelo local diariamente na correria do caminho do trabalho é não verificar muitos dos personagens que ali estão todos os dias, não somente emoldurados em semanas de datas com caráter comercial. Mas o que ganha força no meio dos transeuntes é o serviço utilitário para os caminhantes pelo centro da cidade. Somados aos alto falantes das lojas mais populares com suas promoções do dia das mães, disputam o espaço sonoro os vendedores de bilhetes de jogos – conta um amigo que o jogo do bicho não pode ser anunciado aos quatro cantos, mas é o que mais oferece possibilidades de ganhos. Contrários as sonoridades dos comerciários, despercebidos no meio da multidão estão os trabalhadores de segmentos da sociedade que prestam muitos serviços não comentados por seus usuários.
Quantas pessoas você conhece que utiliza os serviços dos detetives particulares, tarologas ou as acompanhantes? Certamente elementos do imaginário popular ou ainda da prática social. Talvez, esses profissionais sejam a cara do que podemos chamar de discrição, algo que muitas vezes vai de encontro com os seus usuários.
No jogo de cena proporcionado pela cidade aquele tropeçar entre as sacolas de promoções de dia das mães, que misturadas aos santinhos desprezados pelos passantes do calçadão, ajudam emporcalhar a cidade e criar uma sensação de falta.
O movimento das filipetas das festas universitárias do fim de semana, dessa vez perderam o espaço para o domingo de dia das mães. Podem dizer que o dia da mãe ou do filho da mãe é todo dia – mas não adianta contradizer o comércio, afinal na boca de um vendedor estará presente “a moda” que você deve comprar.
Afinal, só as mães são felizes.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Filhos da mãe
Particularmente nunca fui indagado sobre minha idade, time de preferência, escolaridade etc. Os mais céticos afirmam que jamais foram ou conheceram alguém entrevistado por algum instituto. Por vezes vemos responsáveis por estas pesquisas de opinião reclamando da população brasileira, que acaba prejudicando dados de IBGE. Ora, quem sabe um dos culpados desse silêncio sejam as próprias pesquisas – violência urbana é um dos itens? Se não, aqueles mapas dos homicídios, chamados de “manchas”, aparecem ilustrados em páginas de jornais e comentados em bancadas de telejornais, atingindo milhões de brasileiras em suas casas.
Em uma semana que foi divulgada uma pesquisa sobre “Um estado que lê?”, promovida por o maior jornal paranaense em parceria com outros institutos, ficamos com a mesma sensação dos brasileiros que não caminham até o portão de suas casas para responder sobre a renda da família.
Diante dos dados sobre a leitura no Paraná, infelizmente tenho que desmontar o argumento de Borges, certamente um dos maiores nomes da literatura mundial - “siempre imagine que el paraíso sería algun tipo de biblioteca”. Afinal, se o paraíso é algum tipo de biblioteca, míseros 7% leem em bibliotecas, apesar que o triplo disso, consultam obras em bibliotecas. Talvez o ficcionista argentino mudasse sua teria após ler esta pesquisa, ou ainda, chamasse o paraíso de casa – 81% viram páginas em seus domicílios.
Ainda envolvido pelos números, quando na verdade, muitas vezes somos vistos apenas como números, basta pensar no número do título de eleitor, cpf, rg, data de nascimento, principalmente quando descobrimos que não temos idade para tomar vacina contra a gripe – isso é terrível para épocas de vésperas de inverno. Enfim, os dados ainda chamam atenção para o prazer ser superior sobre a falta de paciência, praticamente o dobro é a vantagem do prazer – o leitor é sempre sincero. E aos que declararam não ter tempo, mau sabem que dentro da leitura o tempo é apenas uma eternidade folheada.
Quanto a porcentagem de números lidos pelos paranaenses, acredito que a média apesar de ainda não passar perto da desejada por professores, escritores e donos de livrarias, pode ser chamada de interessante – 8,53% por ano.
Quem sabe uma apuração maior sobre o desinteresse nas bibliotecas e a aquisição de livros seja muito mais que a breve explanação que escrevo aqui – bibliotecas municipais jogadas para mínimos interesses em aquisições de obras, além de espaços cercados de problemas sonoros. Já no campo do mercado de livrarias o preço cobrado por um livro é alto demais para a realidade de mais de 60% da população brasileira.
Ainda é preciso dizer que mais da metade dos leitores paranaenses não conhecem nenhum autor paranaense, se olharmos para os números (64%), nos perguntamos o que os entrevistados leem? Cada um com suas preferências, mas temos poetas, romancistas, cronistas, dramaturgos de renome nacional filhos do estado ou domiciliados há muitos anos por aqui. Desconfio que muitos leitores não gostam de ler as orelhas.
Termino dizendo que ser filho da mãe é ser leitor no Paraná.
sábado, 23 de abril de 2011
O conselho de Nelson
Nesta época do ano em que os chocolates estão dominando nossas cabeças, basta uma entrada em qualquer corredor de supermercado e estamos no paraíso criado na literatura por Roald Dahl.
O leitor pode se perguntar, até agora o espaço é sobre velhice ou chocolate – talvez, eu possa responder, sem a mínima pretensão de comprovar os fatos, mas muito mais baseado em pesquisas que dizem sobre o aumento de diabetes
Em um final de semana de Páscoa, digamos que o momento-chave ocorreu durante a semana, quando decidi juntamente com a minha esposa a não compra de chocolates para presentear outros, nem a nós. Não foi um ato de revolta contra o capitalismo da época, transformando culturalmente a sociedade, adoçando bocas com chocolates. Muito menos contra a sistematização dos supermercados e suas decorações em massa – redundâncias da publicidade pascoalina.
Talvez, tenhamos entrado no campo do que o Nelson Rodrigues disse, sem saber direito, atribuímos essa ação pela idade que nos estaciona e multa.
Não foi preciso vestir a camisa do personagem Charlie, criado por Dahl
Que venha o sábado de malhação do Judas.
sábado, 26 de março de 2011
O lado esquerdo não é apenas coração
Aprendi na escola que amar é verbo, paixão, adjetivo, tudo definido pela ordem gramatical do dia-a-dia. Nas idas da vida, sei que há muito tempo, amor e paixão, são companheiros e estão estampadas na camisa atleticana. Aliás, grata coincidência, Atlético Paranaense também tem nas iniciais as letras A e P, as mesmas aprendidas na escola, para conjugar e atribuir conceitos sutis.
Parafraseando Drummond: quando cheguei ao mundo, meu pai me disse: vai, Bruno! ser atleticano para toda a vida. Pequenino, vestindo uma jogadeira do timaço de 83, ao lado da minha saudosa bisavó, eu deixava meus esguios e brancos braços serem ocupado pelo tecido rubro-negro. Aliás, o amor pelo Atlético foi passado pelo meu velho pai, que sempre buscou argumentos para não deixar o time ser desqualificado nos adjetivos dos certames, mesmo sabendo que o futebol tem seus momentos de extrema sofreguidão.
Assim, cresci menino, vendo e vivendo o Atlético, ostentando a aura de ser atleticano, e identificando-se com o tema de uma das bandeiras, levada ao antiquado Pinheirão – Atlético além da morte. Isso é meu lema, não importando o que esteja do outro lado, o Atlético será sempre coração, memória e existência.
Hoje a escola não é mais apenas o lugar onde aprende, sim, no qual também ensino. Vejo milhares de alunos com seus sorrisos e dilemas, muitos cortejando as rodadas, outros com a velha e autêntica graça, meu time é melhor que o teu.
Mas, como o futebol é uma paixão desmedida, não existe nada melhor que mostrar para todos, ser atleticano é acreditar que diferenças, estas tão inerentes à minha pessoa. Esquerda de nascença, sempre tive o coração mais perto das descidas do Carlinhos Sabiá, e inclusive senti uma amargura adulta, naquele coração infantil, ao ver as lágrimas do ponta ao perder o pênalti contra o extinto Pinheiros. Vai ver que por ser canhoto, sempre preferi os gols marcados no gol de entrada da Baixada – por falar nisso, ali vi o Gustavo marcar o gol do título de 2000 e o Alex Mineiro percorrer grande parte da estrada do título brasileiro de 2001. Também não posso esquecer do penal cobrado nas alturas pelo Gabiru na desclassificação da libertadores em 2000.
Cada torcedor é símbolo de um sentimento, alguns tem o amor mais próximo, eu posso dizer que realmente tenho o distintivo do Atlético sempre sobre o coração. Vai ver, os anjos assim quiseram: vai, Bruno! ser atleticano na vida.
sábado, 19 de março de 2011
Zebra
Anteriormente os tempos eram outros, convenhamos, bem diferentes, principalmente nas lotéricas. Talvez uma das maiores transformações na última década foi o cenário de uma casa de apostas, deixando de lado esse posicionamento de jogos cifrários para o caos utilitário do cotidiano.
De cosmopolita em atrair apostadores vislumbrando a conquista dos prêmios milionários e outros, dispostos em apostar no jogo do bicho. Nesses idos as escolhas em leão, vaca, porco, galinha e etc eram normais no Brasil, ao lado da loteria esportiva, que tinha em sua zebrinha simpática a vitória contra a coluna do meio.
O derramamento moderno provocou nas casas de apostas o aspecto das portas do inferno. Esta metáfora é o que sobrou do caos urbano da vida nos centros urbanos.
Conta um senhor aposentado que sua sogra sempre dizia - lotéricas são o caminho para o inferno. Os familiares de outros estados sentem o cheiro da aposta ganha, vizinhos começam a sorrir, exibindo a falta dos molares, alguns, apenas pedem um troquinho para a troca da caixa da água. Sorrindo aos presentes em fila entre correntes amarelas de plástico ele contava as peripécias da finada mãe da sua esposa. Aos passos do aumento das pessoas, tínhamos ali uma extensão de uma sala de estar, mas dessa vez os estranhos pareciam familiares, tamanha era a afinidade em dividir os assuntos.
Não adianta dizer que os filhos de Deus não gostam de jogatina, mesmo quando ela é validada pelo próprio governo, afinal, você conhece algum acertador dos seis números da mega-sena? - perguntava ele para a menina de uns doze anos na fila com o boleto do serviço de internet para pagar. No seu silêncio risório ela não respondia, certamente fora educada para não conversar com estranhos, por mais que a sala de estar tivesse até cafezinho para os clientes. Clientes? Estes são minoria, um único caixa é responsável pelos jogos, outro, para idosos e gestantes, mais dois fecham a matemática do atendimento - estes, podemos dizer é o dantesco para os pagamentos.
Na família nem as rinhas de galo temos mais, contava para o colega dos quarenta minutos de fila. Pela outra ponta uma senhora reclamava da demora. A menina que precisava desviar o olhar dos caixas para não responder o homem com discurso religioso apegado as apostas. Já não adiantava o que os outros pensavam - vocês não sabem atender, não se pode atender tratar bem quem nos trata tão mal, criticava uma cliente.
Como estava no limite do dia para o pagamento da fatura do cartão de crédito e a fila com todos os seus personagens não findava, liguei para minha esposa.
- Quanto é o juro? - perguntei.
- Cartão de crédito é lá no alto das favas, mas ele não vence hoje.
A vergonha de estar a quase uma hora na fila da lotérica enganado era o pior. Disse para a minha esposa que foi uma dúvida que surgiu após ler uma notícia estampada na capa de um jornal na revistaria. Ao vivo para evitar o desperdício das horas, pedi uma raspinha, com sorte ou sem ela, ali poderia estar uma quirerinha extra para o mês.
quinta-feira, 10 de março de 2011
O facebook de cada um de nós
Em um final de feriado distante da realidade escrevo esta crônica. Sanções carnavalescas a parte ou abre-alas apartidários, feliz pela curitibanidade que está impressa na minha identidade, pelo menos nos conceitos do carnaval – no caso curitibano, da ausência dele.
Já na quarta-feira de cinzas que a madrugada revela como autêntica, céu encoberto, chuviscos, todos o prognóstico de um corriqueiro dia cinza
A reunião familiar em outros carnavais são as lembranças da festa popular mais brasileira do mundo. Sem saber sambar, nem mesmo o entendimento das notas para as comissões de frente, bateria e samba-enredo etc, tínhamos. Nesta pausa para o carnaval o verso buarquiano – “estou me guardando para quando o carnaval chegar” era nossa porta-bandeira. Os embates com espumas no litoral, as bebedeiras lisérgicas pela madrugada com camisetas pretas de bandas de rock, as filas imensas para poder conseguir comprar pão escutando os trio-elétricos desafinando pela avenida em frente, lembranças suadas de carnavais e heróis. Aos modos do cancioneiro popular, guardamos as violas, separamos as duplas, passamos das comunidades reais para as virtuais.
Após assistir o ótimo filme A Rede Social, posso dizer que a ficção é realmente pior que a realidade. No caso da criação do facebook, uma rede social, que este que vos escreve é adepto, não falta contatos, fotos, vídeos, afinal o mundo está todo ali, virtualmente falando. Longe de querer estabelecer um discurso psicológico, mas todos estes que estão em nossas redes sociais sabem quem somos? Ou são parte do que Mark Zuckerberg criou após uma brincadeira pós-ilusão adolescente e ali estão apenas em números.
Sem esperar por respostas que a tecnologia graças aos serviços da internet proporciona, amigos do perfil ou seguidores do twitter, sigo neste final de feriado, que quase magro, cambaleia pelo decreto da presença de carnavais atrasando o começo do não tão novo ano.
Que os ensejos incas não estejam certos, assim muitas serpentinas e marchinhas podem aparecer pela rua XV de cada um de nós, mesmo que segundos depois esteja uma foto no álbum do facebook.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Scliar
O dia tivera começado após uma viagem desgastante durante a madrugada – pela manhã já participava de uma conferência sobre a literatura na América Latina. Esse primeiro evento do dia me obriga a mencionar um bate boca com aspas entre um professor e um jornalista pela influência do gaucho na literatura latina. De um lado a defesa é que ela surgiu com Martín Fierro, já o outro defendia a influência dos romances do Érico Veríssimo para nossa literatura. Acompanhando os comentários mais exaltados alguns bocejavam no pequeno auditório lotado. Outros programavam a tarde, que seria de descanso ou apresentações.
No intervalo do almoço consegui um tempo para subir ao quarto do hotel e tomar um banho, que me libertava da madrugada no ônibus e da acalorada discussão matinal na Unioeste. Ao sair do restaurante na Avenida Brasil encontrei dois professores que acabavam de chegar da cidade princesina, um deles, Miguel Sanches Neto falaria sobre a literatura paranaense na manhã seguinte. Fiz a indicação do restaurante para eles, confesso que nunca perguntei se gostaram ou não. Retornei para mais uma tarde no congresso, dessa vez assisti algumas comunicações e conversei muito com professores amigos.
A vida em eventos da área de letras é movimentada normalmente pelos nomes que participam isso ocorre em outras áreas, mas nas letras, comumente encontramos mesas redondas com teóricos da literatura, lingüistas e escritores de literatura, que são parte do nosso dia a dia com a leitura exigida na universidade e na descompromissada também.
A conferência de abertura ocorreu na noite do primeiro dia de atividades com os escritores Moacyr Scliar e Luiz Ruffato. O tema foi: A literatura na América Latina. Primeiramente Rufatto fez uma bela fala amparada nos conceitos da história literária. Porém, o auditório lotado ansioso aguardava a fala do Scliar. Neste momento surgiu uma dúvida: será que o romancista, contista, cronista e imortal da Academia Brasileira de Letras faria uma fala pautada em conceitos literários. A resposta não demorou mais de vinte segundos, sorrindo ao segurar o microfone, abriu um copo de água e rindo disse boa noite. Depois disso, boas histórias foram contadas, inclusive passagens pelo exercício do começo da vida de médico e a censura daqueles idos no Brasil. Bonachão, escorregando pela cadeira o autor falou da sua relação com Gabriel Garcia Marquez, os cafés com o Érico Verissimo e as piadas com Mario Quintana. Ali, tive a certeza da quebra de protocolo, porém com as ótimas histórias relatadas pelo Scliar, todos ficamos em dúvida sobre qual era mesmo o tema da mesa.
Na madrugada em que soube da morte do escritor, relembrei que por um acaso comandado por quem gerenciava a viagem para Cascavel, quando dispensou o ônibus da universidade, alegando que “ninguém” teria interesse em participar da conferência de abertura, quase fiquei de fora deste encontro com o Scliar.
Hoje sei que esse foi o primeiro e único encontro com o autor. Muitos outros serão pelos romances, contos e crônicas nas leituras e diversas releituras.